Pedro Cunha Lima critica polarização e defende nome de centro para 2026: “Brasil precisa de sensatez”
O presidente estadual do PSD na Paraíba, o ex-deputado federal Pedro Cunha Lima, voltou a se posicionar contra a polarização entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao defender a necessidade de uma alternativa de centro sensata e equilibrada para 2026. As declarações foram dadas na última terça-feira (21), em entrevista ao programa Correio Debate, da rádio Correio 98 FM.
Segundo Pedro, a divisão política entre lulistas e bolsonaristas é prejudicial ao país e sufoca o espaço para discussões mais profundas sobre os reais problemas do Brasil. “Essa guerra permanente entre dois polos extremos faz mal ao país. Eu espero que em 2026 tenhamos uma candidatura que represente o equilíbrio, a sensatez, com foco nas soluções concretas. Não dá mais para o Brasil viver entre gritos de esquerda e direita, enquanto a realidade das pessoas segue ignorada”, declarou.
Apesar de defender essa alternativa ao que chama de extremismo político, Pedro admitiu que ainda não vê um nome forte que represente esse campo de centro. Ele citou o desempenho apagado das candidaturas de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) em 2022 como exemplo da dificuldade de consolidar um projeto viável nesse espectro. “Em 2022, tivemos Ciro e Simone nesse lugar, mas faltou protagonismo. Não vejo ainda quem poderá ocupar esse espaço em 2026, mas torço para que alguém surja com força e capacidade de unir”, avaliou.
Campanha de 2022: entre o centro e o conservadorismo
Pedro Cunha Lima foi candidato ao Governo da Paraíba em 2022 e chegou ao segundo turno com mais de 1,1 milhão de votos (47,49%), perdendo para João Azevêdo (PSB). Durante a campanha, buscou manter distância da polarização nacional, mas fez movimentos pontuais em várias direções: formalizou apoio a Simone Tebet, recebeu Ciro Gomes em Campina Grande e também se aproximou do eleitor conservador, adotando pautas como críticas à ideologia nas escolas e defesa das igrejas.
Essa postura, segundo ele, reflete o sentimento de ampla parcela do eleitorado que não se identifica com extremos e busca equilíbrio entre responsabilidade social e liberdade econômica.
Pedro afirmou que esse “Brasil do meio”, como ele mesmo define, continua órfão de um nome que una e represente uma agenda de reformas com sensibilidade social. “A gente precisa parar de fingir que o país só tem dois lados. Existe uma parcela imensa da população que está cansada do barulho, da raiva, da troca de ofensas. O Brasil precisa de um projeto que pense o país com serenidade e coragem”, concluiu.
Com uma trajetória marcada pela defesa da educação, da gestão pública eficiente e pelo combate aos privilégios, Pedro Cunha Lima se mantém como um dos principais quadros do centro político paraibano e não esconde a intenção de seguir atuando com protagonismo nas eleições de 2026 — seja como candidato, apoiador ou articulador político.
Fonte 83
Reviewed by Marcone Campos
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outubro 28, 2025
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