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Ex-garimpeiro que mantém abrigo de animais apoia pré-candidatura de Fabíola Rezende a deputada federal


 

Em 14 anos como garimpeiro profissional na Região Centro-Oeste do país, os olhos do paraibano Pablo Fernandes Correia, de 36 anos, foram treinados para identificar ouro e diamantes em lavras de terras do município de Poconé, no estado do Mato Grosso. De volta ao Nordeste, há três anos ele deixou de lado a bateia (utensílio usado na mineração) e, apesar de ter perdido recentemente a visão do olho esquerdo, hoje seu olhar é voltado e aguçado exclusivamente para salvar animais do abandono e dos maus-tratos.

Natural da cidade de Areia, no Brejo paraibano, Pablo Correia está fixado há três anos no município de Montadas, de quase seis mil habitantes, distante a 161 quilômetros da capital, João Pessoa, e localizado na região polarizada por Campina Grande. Assim que chegou em Montadas, ele criou a Ong Anjos Protetores e hoje mantém um abrigo com cerca de 300 animais que ele recolhe e salva do abandono, da incompreensão e da maldade humana.

“Quando me deparei com a quantidade de animais sofrendo pelo abandono na região, larguei tudo e hoje sou um militante da causa animal”, explica Pablo Correia, que essa semana anunciou seu apoio à pré-candidatura a deputada federal da atual vereadora Fabíola Rezende (PSB), da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), e que também é ativista da causa animal há quase oito anos.

“Eu já conhecia o trabalho da Fabíola e agora pude conhecê-la pessoalmente. Ela tem um amor verdadeiro pelos animais e é uma protetora de verdade, nesse árduo trabalho de resgatar animais em situação de abandono e de maus tratos”, destaca Pablo, revelando: “Sempre evito me envolver com políticos, que nunca cumprem e nem fazem nada pelos animais, mas vejo em Fabíola uma verdadeira representante da causa animal e por isso ela tem todo o nosso apoio na sua pré-candidatura a deputada federal”.

“Também acompanho o trabalho de Pablo. Uma ação corajosa e bonita, enfrentando muitas dificuldades, ameaças e tentativas de cerceamento. E recentemente pude visitar o abrigo que ele mantém em Montadas e constatar toda a sua dedicação aos animais que ele resgata”, afirma Fabíola Rezende, que esteve na sede da Ong Anjos Protetores, em Montadas, no último dia 18.

Escola abandonada

A ong criada por Pablo Correia funcionou logo de início no centro da cidade de Montadas. Há dois anos, a sede e o abrigo de animais funcionam na zona rural do município, mais especificamente no Sítio Lagoa do Açude, numa edificação da prefeitura e que estava abandonada há mais de 25 anos. “Era uma escola desativada e que tinha virado depósito de lixo”, informa Pablo.

Ele lembra que quando chegou ao local encontrou 27 cães colocados lá pela própria prefeitura. “Entrei lá para cuidar dos cachorros, comunicando ao prefeito, e não saí mais. A prefeitura passou a nos ceder o espaço”, explica Pablo, informando que tramita na Câmara Municipal de Montadas uma propositura para que o local seja cedido em definitivo à Ong Anjos Protetores.

Divorciado e pai de dois filhos, Pablo Correia tem a ajuda de cinco funcionários (pagos e mantidos pela ong) para cuidar dos cerca de 300 animais, entre cachorros, gatos, cavalos e até tartarugas. “Além do pagamento dos funcionários, temos gastos muito altos e tudo é mantido por meio de doações de pessoas que se sensibilizam com a causa, pelos protetores independentes e por alguns empresários da região”, revela Pablo.

Só com rações, os custos atualmente chegam a R$ 10 mil por mês, isso sem falar do uso de medicamentos, atendimento veterinário, produtos de limpeza e até com lençóis e cobertores. “Mantemos tudo por meio das doações. Mas é muito difícil e os gastos são altos, mas sempre aparece gente para ajudar. A causa sensibiliza muita gente”, ressalta.

A ajuda vem principalmente pelas redes sociais, onde a Ong Anjos Protetores tem um total de 130 mil seguidores, somando os números do Facebook, do Instagram e do TikTok. Outra parte das doações, como rações, remédios, utensílios, produtos de limpeza etc., vem dos pontos de coleta instalados tanto em Montadas quanto em Campina Grande e até em João Pessoa. Para conhecer e fazer doações, Pablo Correia diz que as pessoas podem entrar em contato pelo WhatsApp: (83) 98709-1306.

Envenenamentos

Se tem muita gente para ajudar no trabalho de Pablo e que se identifica com a causa animal, tem aquela parcela da população que, se não bastasse ficar alheia ao problema, tem quem gasta energia para fazer o mal. “Sofro muitas perseguições, inclusive políticas. Tentam me intimidar e atrapalhar o nosso trabalho. Mas não vamos desistir nunca”, avisa o ex-garimpeiro, que abandonou tudo para abraçar a causa animal, transformando-se em um ativista na defesa da vida e dos direitos dos animais.

Em dezembro do ano passado, a sede da ong no Sítio Lagoa do Açude sofreu um duro ataque. Jogaram veneno no local e oito cachorros morreram. “Foi duro ver aqueles oito animais agonizando até a morte. Meu sofrimento e revolta foram tão grandes que tive uma forte dor de cabeça e acabei sofrendo um acidente vascular cerebral, um AVC. Com isso, perdi a visão do meu olho esquerdo de forma irreversível. Mas nem isso vai me impedir de continuar com o meu trabalho”. Ele finaliza: “A causa animal é uma causa de saúde pública. É uma causa de todos”.

Texto: Jorge Rezende – Foto: Arquivo Pessoal

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