Com o período chuvoso e o aumento do frio durante o inverno, as pessoas e animais que vivem em situação de rua passam a sofrer ainda mais para sobreviver. Atualmente, dois projetos em tramitação na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) visam dar maior segurança e conforto aos animais nestas condições. Ambos são de autoria da vereadora Fabíola Rezende (PSB).
Um dos
projetos cria uma série de medidas protetoras aos bichos classificados de
transitórios ou comunitários e outro garante que pessoas que vivem em situação
de rua possam ter a companhia de seus animais de estimação quando forem para
abrigos emergenciais, casas de passagem, albergues ou centros destinados a
eles.
Fabíola
Rezende, que também é protetora e fundadora da Organização Não-Governamental
Ajude Anjos de Rua, explica que o projeto que garante a presença dos animais de
estimação dos abrigos é importante porque muitas pessoas em situação de rua se
recusa a ir para um abrigo e arrisca a própria vida para não abandonar os
bichos. “Eles só aceitam serem acolhidos se puderem ficar perto dos seus
animais, é uma forma de retribuir o companheirismo dos animais que, muitas
vezes, são suas únicas companhias, amigos”, frisou.
Pelo
projeto, explicou Fabíola Rezende, a permanência do animal no abrigo e
similares será assegurada pelo tempo em que o morador em situação de rua
desejar o acompanhamento do seu animal. “No espaço o animal também pode ter
fornecido alimentação (ração), água e, em caso de necessidade, atendimento
veterinário”, comentou. “A presença do animal nos abrigos garante um efeito
psicológico positivo ao morador que vive em situação de rua”, completou a vereadora.
No caso do
projeto sobre os animais classificados de transitórios ou comunitários, Fabíola
Rezende explicou que a intenção é que pessoas que não tenham como manter
animais em seus lares tenham a possibilidade de garantir proteção a animais que
vivem nas ruas, inclusive, para que estes possam ser encaminhados para adoção.
Os chamados comunitários, são aquelas animais de origem doméstica, que,
abandonados em vias públicas por seus antigos proprietários, e apesar de não
terem mais um tutor único e definido, “estabelece laços de afeto, dependência e
manutenção com as pessoas da população local”. Os transitórios são os que,
mesmo sem vínculo afetivo, recebem cuidados e proteção da população.
Muitas
vezes, apontou Fabíola Rezende, são animais dóceis, pois já tiveram um lar e
têm dificuldade para buscar alimentação sozinhos. Ela lembra que “a grande
maioria desses animais acaba elegendo um local para encontrar um pouco de
cuidado e atenção”.
Pelo
projeto, tutores do animal comunitário são pessoas da comunidade local com que
o animal estabelece vínculo de dependência e laços de afeto. “O
animal comunitário terá preferência para registro, vacinação, esterilização e
microchipagem na ordem de atendimento do órgão público municipal competente”,
ressaltou Fabíola Rezende.
O registro contará com
nome, número de documentação de identificação, endereço e contato telefônico
de, pelo menos, um dos voluntários da comunidade que acolher o animal
comunitário. Outros dados sobre localização ou indicação de locais onde o
animal normalmente circula também farão parte do prontuário.
Fabíola Rezende
acrescentou que a proposta permitirá que os animais comunitários sejam mantidos
em local adequado, seguro, limpo, com abrigo, vasilhas para alimentação e água,
sem que tais objetos para sua manutenção sejam retirados. Também será permitida
a instalação de casinha e/ou abrigo pelos seus tutores, que poderão contar com
o apoio de entidades protetoras de animais para ações de vermifugação,
vacinação, castração e higienização do animal.
Fonte: Assessoria de Imprensa:
Clóvis Roberto (83) 99924-8334, com foto de Marcus Antonius
Projetos na CMJP visam garantir maior proteção aos animais que vivem nas ruas
Reviewed by Marcone Campos
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07:58
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