Projeto Acesso Cidadão retoma atividades com ampliação do serviço

 

O projeto Acesso Cidadão, realizado na praia do Cabo Branco, retomou as atividades neste sábado (14). Uma das novidades apresentadas foi a ampliação do serviço, dando oportunidade para a prática do jiu-jitsu adaptado para pessoas com mobilidade reduzida. Além dele, o projeto voluntário oferece banho de mar para pessoas com deficiência usando a cadeira anfíbia e vôlei sentado. O projeto Acesso Cidadão conta com o apoio da Prefeitura de João Pessoa, por meio das secretarias de Esporte e Recreação (Sejer) e de Turismo (Setur).

 
O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, esteve na praia do Cabo Branco e ressaltou que a prefeitura está empenhada em cumprir o papel que tem de inclusão social. “Ontem, tivemos o lançamento do complexo de acolhimento de tratamento das doenças raras, e agora estamos orientando todas as ações da prefeitura no respeito à acessibilidade, à oportunidade para todos. No nosso programa de pavimentação, por exemplo, estamos padronizando todas as calçadas com acessibilidade, com piso tátil, ou seja, é a prefeitura cumprindo seu papel com responsabilidade e também com o coração de ver João Pessoa com melhor qualidade de vida para todos”, disse.
 
Cícero Lucena destacou a importância da cidade ter a acessibilidade nas praias, oferecer a oportunidade para que as pessoas com deficiência tenham acesso ao lazer e às práticas esportivas. “Você dá oportunidade para que essas pessoas que têm um certo nível de dificuldade é algo que nos é gratificante, porque é a busca de oportunidade para todos. Esse trabalho com voluntários e com o pessoal da prefeitura, inclusive, ajuda a criar a consciência de todos nós para que tenhamos esse olhar e cuidado com essas pessoas”, pontuou.
 
A retomada das atividades dos trabalhos do Projeto Acesso Cidadão contou com a presença de Priscila Gaspar, secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Ela destacou que, em Brasília, na Secretaria existe uma coordenação que cuida da acessibilidade e há um projeto de Turismo Acessível onde está sendo desenvolvido um estudo em diversas cidades do país e João Pessoa integra esse programa. “Nós sabemos desse trabalho que é feito aqui na praia de Cabo Branco, que é muito bonito, mas é preciso que trabalhemos para ter acessibilidade em todos os espaços, para que as pessoas possam estar no cinema, nos teatros, em igualdade de oportunidade para todas as pessoas”, afirmou.
 
O secretário de Turismo de João Pessoa, Daniel Rodrigues, afirmou que a prefeitura de João Pessoa tem se preocupado em participar das discussões que tragam benefícios para as pessoas que precisam de atendimento especializado em todos os segmentos. “Nesse sentido, a Setur tem dialogado com a AC Social - Assessoria e Consultoria para Inclusão Social para buscar diretrizes para a formatação de um projeto que atraia os turistas com deficiência para a capital paraibana”, relatou.
 
Genilson Machado Lima, presidente da AC Social, afirmou que a associação pretende criar mecanismos para atender as pessoas todos os dias da semana e não apenas aos sábados. “Estamos estudando ampliar esse serviço com vários tipos de plataforma para podermos atender também o turismo adaptado para agregar valor à cidade, para que ela abrace melhor, não apenas as pessoas com deficiência, mas todas as pessoas que têm mobilidade reduzida. “Eu sempre digo, eu não sou deficiente, e sim o sistema, e que temos que englobar toda a sociedade”, observou.
 
Nos finais de semana, cerca de 30 voluntários se somam à AC Social nesse trabalho. Quando há algum tipo de evento, esse número chega a ser triplicado. “Nós também estamos fazendo parcerias com o setor acadêmico, que vem realizando trabalhos acadêmicos específicos com a gente”, afirmou Genilson Machado.
 
10 anos – O trabalho da AC Social está completando 10 anos em novembro do Projeto Acesso Cidadão. “Do projeto, todos são voluntários. Já passaram por aqui gente de quase todo o Brasil, e até do exterior. Então, oferecemos banho de mar, com a cadeira anfíbia, o vôlei sentado, e hoje teremos o Jiu Jitsu adaptado. Então, cada vez mais, estamos trabalhando para ampliar o atendimento e ter um trabalho especial a esse público, porque todo mundo vai envelhecer e ter a sua mobilidade reduzida”, disse.
 
Genilson Machado afirmou que ainda não há uma instituição, um patrocínio direto, mas qualquer um pode ajudar. “Basta nos procurar, que passamos um planejamento de execução de equipamentos e de algumas mão-de-obra que a gente precisa para fazer manutenção das cadeiras, por exemplo, Mas, o parceirão aqui na praia tem sido a Prefeitura de João Pessoa”, concluiu.